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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

A nova lei de importunação e a moral nos tempos


A nova lei de importunação e a moral nos tempos

 
 
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            Nessa semana saiu a lei de importunação sexual, lei 13.718, que altera o artigo 215-A do Código penal, onde se pune certos atos contra a vontade de alguém, e no caso o que mais ocorre com vítimas mulheres, e que une mais gravemente a situação de frotismo em metrô e ônibus, noticiados sempre em programas policiais, e que antes ficavam sem punição, ou em mera contravenção. O frotismo ou froteirismo ocorre quando uma pessoa se excita mediante esfregar-se com outra sem consentimento. Essa situação agora está criminalizada. Ocorre também em baladas, festas, shows etc, ou mesmo em locais públicos, sendo a mulher a maior vítima, e sentindo-se essa ameaçada de estupro, com sério transtorno psicológico. Também se está agora punindo a divulgação de cenas de sexo sem consentimento ou provenientes de estupro ou sugestão de estupro.
 
 
 
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         No passado, a moral vitoriana julgava a mulher de virtuosa, intocável, digna de serenatas e homenagens em poesias, quase divina e inacessível. Houve o tempo que em um namoro o máximo que se fazia era pegar na mão de uma mulher. Pedia-se ao pai da moça a sua mão, e esperava-se por anos em noivado até que em certo momento estava também pronto o seu enxoval, para assim se casar. Já em tempos de amor líquido, como diz o sociólogo Zygmunt Bauman, os relacionamentos são rápidos e muitas vezes sem substância, diferentes de algo sólido que ocorria no passado. Atualmente se faz sexo antes de conhecer a pessoa, em acúmulo de experiência. Longe disso estão as pessoas ligadas a desvios sexuais, as parafilias, onde apenas parece importar o seu prazer e fetiche, muitas vezes em abuso de outras pessoas. Esses problemas psicológicos relacionados à sexualidade acabam por ir contra os costumes de uma sociedade e têm de ser criminalizados. Disso resultou a atual lei. Anos atrás existia também a lei de assédio sexual, que também foi um freio a uma sociedade machista e abusadora, a uma cultura de estupro e desrespeito ao corpo e a alma da mulher. O tema dos desvios sexuais é antigo, tratado desde Freud e muito antes, em um livro chamado Psychopathia Sexualis, de Richard von Krafft-Ebing, com uma série de descrições de fetiches, que se chamava paraestesia.
 
 
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         Fato é que a moral ao longo dos tempos vem se transformando socialmente. O que eram bons costumes acaba por se transformar. Mas o respeito para com a pessoa, e em especial para com a mulher, exige uma reflexão ampla. O Sagrado Feminino tem de ser relevante na medida em que mostra que a mulher também é imagem e semelhança de Deus, conforme se diz em livro Gênesis bíblico. E Nossa Mãe Maria, mãe de Jesus, também mostrou que ser mãe de Deus revela a importância do feminino, pois “bendito é fruto do vosso ventre”. Noutras culturas, em especial matriarcais, o corpo da mulher era venerado e respeitado, e não era compatível com qualquer cultura de pornografia ou estupro. A moral assim vem exigindo um maior rigor, onde a lei tem de punir práticas também tecnológicas, como em se divulgar vídeo de uma namorada, sem o consentimento desta. A questão é que se tem de recuperar a sacralidade do feminino, e de modo ao respeito para com as mulheres previna qualquer prática criminosa, e que esta receba flores e homenagens, mesmo versos em hino para a sua natureza de mulher. A moral nisso tem de ser ensinada em escolas, e juntamente a ética, revelar uma cidadania ampla, para uma sociedade equilibrada e justa. O momento é de se reconstruir a moral e o bom costume.

terça-feira, 18 de setembro de 2018


Os candidatos e as leis


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Filósofos e leis

         Muitos pensadores falaram de leis, e lembramos já desde Platão e Aristóteles, com obras como “A República”, “A Política”, “As Leis” e outras, ou a pensadores como o Barão de Montesquieu, que falava em seu “Espírito das Leis”, relacionando leis a costumes, a clima, com a separação de poderes, seja em John Locke, no seu “Segundo Tratado sobre o Governo”, seja em Thomas Hobbes, em seu “Leviatã”, em Rousseau, com seu “Contrato Social”, e tantos outros pensadores. As leis acompanham o desenvolvimento das sociedades. Vemos uma garantia maior em sociedades evoluídas, e menor em sociedades primitivas, se é que existem leis, fora a tradição oral ou mesmo uma lei religiosa que colocava medo em todos. Fato é que o Contrato Social nos colocou leis para evitar a vingança e para nos garantir direitos mínimos, como a vida, liberdade e propriedade.  

 

Candidatos e reforma da previdência

 

         Há alguns anos atrás fiz um curso de atualização na área de aposentadorias, direito previdenciário, e notei como as coisas estavam acessíveis e possíveis, para diversas buscas de direitos em relação a aposentadoria. Atualmente, vejo que a nova geração não passará sem aposentar-se tarde demais, mesmo sofrendo a vida menos saudável e com alimentação industrializada, estresse e tecnologia substituindo o trabalho humano. Fora isso, vemos praticamente todos os candidatos assinando embaixo da reforma de lei de aposentadoria, parecendo que teremos mesmo uma idade mínima, que se não 65 anos, seria um pouco menos. Comparando-se a gerações anteriores, que se não se aposentavam ainda jovens, ou mesmo sem contribuir, como alguns trabalhadores rurais, as novas gerações não pensarão em se aposentar tão cedo, e no máximo farão um seguro em banco privado, o que parece ser a intenção do governo. Passaremos a apostar em bancos, em vez do governo, e os candidatos a presidente que vemos não nos ajudarão, seja qualquer opção de escolha. Parece inevitável a uma Nova Ordem essa alteração de lei de previdência e aposentadoria, e para pior. Dos meus clientes que obtiveram aposentadoria, os informo que viveram em um tempo de certa vantagem e direitos garantidos, pois o futuro será mais limitado.


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Candidatos e direitos trabalhistas

         Vimos em Novembro do ano passado a alteração da CLT, a “Consolidação das leis do trabalho”, de modo que muita coisa mudou, haja vista que os candidatos a Deputados e Senadores que já teriam aprovado a lei trabalhista, e buscando se candidatar novamente. Na verdade, quem já está em cargo acaba tendo vantagem para permanecer. Certamente seria difícil voltar atrás nesse sentido, mas quem estava no Congresso seria identificável, cabendo a quem vota, saber o papel desses candidatos frente a lei. Mas atualmente importa gerar empregos, e a lei é moderna, apesar de dar mais possibilidade de negociar os contratos de trabalho, de forma mais moderna. Reduziram o número de processos trabalhistas, e por enquanto foi o efeito mais significativo dessa mudança em CLT. Importa saber que os candidatos que estavam antes, foram os que aprovaram essa alteração em lei trabalhista.
 
 
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